Ao Despenhadeiro

Em tempos findos de esperança

Ossos lançados a sorte perdida

Surreal desejo perene de vingança

Diante alma sodomizada e vencida

Inferno interno, suprema jactação

A voz grita o sacrifício derradeiro

Em círculos bradando sua lamentação

Lento... lançando-se ao despenhadeiro

Trajeto breve para o corpo carnal

Ouvindo os desejos de retroceder

Um último desejo ousado ao final

Mudança drástica ante morte certa

Tacitamente nasce que deseja viver

Quando o chão toca, alma desperta

Eduardo Benetti
Enviado por Eduardo Benetti em 30/03/2014
Código do texto: T4749943
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