Soneto de ausência

Apanho emprestado nas pétalas indulgentes

Um pouco de cor para colorir as estrelas com outras cores

Apanho meus pés e vou por mais que não me tente

o sem-amor, dentre tantos já vividos tristes amores!

Eu pinto em troncos envelhecidos toda a minha história

Vou prosseguindo no ritmo que me apetece

O problema do amor é o equilibrio do ritmo

E quando eu vou, tanta concha em si me desconhece!

Apanho areia cal cravo pimenta e salsa

E tempero a vida com tanto que me rouba o chão

Pinto nas estrelas tudo, tudo aquilo que me falta

E elas são trsites... é triste tanta, a canção

Que se ele, a todo mundo já maltrata

Sua ausência, nada mais traz que sujeição!

dhália
Enviado por dhália em 05/05/2007
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