Soneto de ausência
Apanho emprestado nas pétalas indulgentes
Um pouco de cor para colorir as estrelas com outras cores
Apanho meus pés e vou por mais que não me tente
o sem-amor, dentre tantos já vividos tristes amores!
Eu pinto em troncos envelhecidos toda a minha história
Vou prosseguindo no ritmo que me apetece
O problema do amor é o equilibrio do ritmo
E quando eu vou, tanta concha em si me desconhece!
Apanho areia cal cravo pimenta e salsa
E tempero a vida com tanto que me rouba o chão
Pinto nas estrelas tudo, tudo aquilo que me falta
E elas são trsites... é triste tanta, a canção
Que se ele, a todo mundo já maltrata
Sua ausência, nada mais traz que sujeição!