Questão dual

Toda vez que a canção é consentida,

um enredo é criado pelas fadas,

melodia e letra entrelaçadas,

doce voz entoando plena vida.

Mas tem hora que a voz é dolorida:

melodia e letra despautadas,

o encanto rompido a dentadas,

harmonia sem tom, de tão ferida.

Os encontros têm tempo longe ou certo:

há toadas dueto ou descompasso,

umas falam de amor; já outras, não...

'Que lição!', se espanta um ente esperto.

Mas tem essa pergunta que me faço:

"Qual garganta escolhe a solidão?"

Gina Girão
Enviado por Gina Girão em 07/04/2014
Reeditado em 07/12/2022
Código do texto: T4759834
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