Minha Casa

Minha casa era rica de pobreza,

Alumiada à luz de lamparina,

Ali no Mafuá, em Teresina,

Uma choupana pobre de riqueza.

Havia sim, um pão minguado à mesa,

Pra alimentar barrigas, fé e sina...

O relógio era o apito da usina

E o sol; nas trempes, uma brasa acesa.

Existia, entretanto, alegria nata,

Que nos fazia a vida doce e farta

De amor, éramos ricos entre nós...

Vemos hoje em não poucos palacetes,

Onde acontecem não poucos banquetes

De estranhas gentes, vis, pobres e sós.

Um Piauiense Armengador de Versos
Enviado por Um Piauiense Armengador de Versos em 13/04/2014
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