O RENASCER DE UM SONHO

O RENASCER DE UM SONHO

Carmo Vasconcelos

O meu sonho era imenso, desmedido,

uma ave de papel, uma aguarela,

um papagaio que ao sol, desvanecido,

ia morrendo nas cores da sua tela.

Porém, a verde guita, ora amarela,

sumida a pouco e pouco, o fio torcido,

inda o prendia em fiapos pela ourela,

como um fruto pendente, amolecido.

Mas em prece silente ao coração,

a sombra do sonhado resistia,

tal qual um moribundo em oração.

Foi quando um santo mestre que o ouvia

repôs-lhe os tons do amor co'a própria mão

e o sonho renasceu para a alegria!

***

Lisboa/Portugal

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Carmo Vasconcelos
Enviado por Carmo Vasconcelos em 16/04/2014
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