SEGREDOS

Livrei-me da armadura e dei adeus ao medo

De me entregar a um novo amor, nova ternura...

Pois tua ardente chave abriu a fechadura

Do cofre-forte onde eu guardava o meu segredo.

Despi-me expondo em poucas linhas e palavras

Ditadas sorrateiramente em teus ouvidos

Em lúdicos monólogos, ora extraídos

Das minhas mais profundas e obscuras lavras.

E enquanto eu existir, que em mim nunca se finde

A fome de zelar tão valorado brinde

Me dado pelos céus (e nem sei se mereço)

E hei de alimentar com todo meu carinho

Teu vulto que alumia meu sombrio caminho

Em troca desse amor (tão irrisório preço)

(Nizardo)

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Xerooooooooo.[;)]