Tu chorarás, eu sei, tu chorarás!
Tu chorarás, eu sei, tu chorarás!
Uma jarra no altar dos meus desejos
ainda aguarda, amor, o teu perfume.
Do coração ainda sai queixumes,
a boca sente a ausência do teu beijo.
Enquanto tu te afastas, o que eu vejo?
Cadê, do teu olhar, o antigo lume?
Talvez seja, eu não sei, o teu costume
destruir os mortais com teu traquejo.
E segues destruindo o meu destino,
causando em minha vida um desatino,
apagando o meu céu, a minha luz.
Mas quando eu terminar minha jornada,
se quiseres buscar minha morada,
tu chorarás aos pés da minha cruz.
Gilson Faustino Maia