Tu chorarás, eu sei, tu chorarás!

Tu chorarás, eu sei, tu chorarás!

Uma jarra no altar dos meus desejos

ainda aguarda, amor, o teu perfume.

Do coração ainda sai queixumes,

a boca sente a ausência do teu beijo.

Enquanto tu te afastas, o que eu vejo?

Cadê, do teu olhar, o antigo lume?

Talvez seja, eu não sei, o teu costume

destruir os mortais com teu traquejo.

E segues destruindo o meu destino,

causando em minha vida um desatino,

apagando o meu céu, a minha luz.

Mas quando eu terminar minha jornada,

se quiseres buscar minha morada,

tu chorarás aos pés da minha cruz.

Gilson Faustino Maia

Gilson Faustino Maia
Enviado por Gilson Faustino Maia em 25/04/2014
Código do texto: T4782279
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