Este soneto é uma menção ao capítulo 9 (Infância, abuso e a fuga da religião) do livro —"Deus um delírio"— de Richard Dawkins, que se inicia com uma citação de Victor Hugo:
"Há em cada cidade uma tocha —o professor; e um extintor — o padre".
(Não tem necessariamente um caráter religioso, mas o de um exercício literário)
O Credo agnóstico
Creio em deus pai, bem sei o quanto creio,
desde que me conheço como gente.
Creio em deus pai, o deus onipotente
presente em quase todos meus receios.
Creio em deus pai e digo, sem rodeios,
que já o cria antes de ser gente.
Creio em deus pai, o deus onipresente
que me afasta, da boca, rijos seios.
Creio em deus pai dos tempos de escola,
que me ensinou rezar, e dar esmola,
e ver, em cada estranho, um irmão.
Creio em deus pai, no filho e na trindade,
pois aprendi a crer na tenra idade
e nunca me foi dada outra opção.
"Há em cada cidade uma tocha —o professor; e um extintor — o padre".
(Não tem necessariamente um caráter religioso, mas o de um exercício literário)
O Credo agnóstico
Creio em deus pai, bem sei o quanto creio,
desde que me conheço como gente.
Creio em deus pai, o deus onipotente
presente em quase todos meus receios.
Creio em deus pai e digo, sem rodeios,
que já o cria antes de ser gente.
Creio em deus pai, o deus onipresente
que me afasta, da boca, rijos seios.
Creio em deus pai dos tempos de escola,
que me ensinou rezar, e dar esmola,
e ver, em cada estranho, um irmão.
Creio em deus pai, no filho e na trindade,
pois aprendi a crer na tenra idade
e nunca me foi dada outra opção.