ENTRE A DOR E O NADA

Ainda te vejo sentada delicadamente,
Lendo uma revista com as pernas cruzadas,
Te vejo com uma ar de menina sorridente,
Refletindo a luz da noite enluarada.

Ainda te vejo na janela distraidamente,
Sentindo a brisa, sonhando acordada,
Te vejo dentro de um vestido transparente,
Aguardando o momento de ser amada.

Ainda te vejo com a alma expoente,
Agindo, fluindo na minha alma agitada,
Me vejo envolvido sensorialmente.
. . .
Ainda te vejo partindo misteriosamente,
E me vejo perdido entre a dor e o nada,
Ainda me pergunto: - o que houve com a gente?