Suspiro de amor
—Vou te abater, angélico cupido,
co'a mágoa que me dói no sentimento.
E, embora tarde, juro, não lamento
o tempo que passei junto contigo.
Meu coração, outrora um bom amigo,
cada vez mais é mais, e mais, hostil.
Hoje ele lança chamas, qual fuzil,
sem distinguir o novo do antigo.
—O que te fiz de mal, ó meu poeta,
se uso, da paixão, a velha seta
que o amor, hoje em dia, ainda usa?
Nada! A não ser ouvir teu coração
armar o arco e flecha da paixão
e colocar nas mãos da tua musa.
—Vou te abater, angélico cupido,
co'a mágoa que me dói no sentimento.
E, embora tarde, juro, não lamento
o tempo que passei junto contigo.
Meu coração, outrora um bom amigo,
cada vez mais é mais, e mais, hostil.
Hoje ele lança chamas, qual fuzil,
sem distinguir o novo do antigo.
—O que te fiz de mal, ó meu poeta,
se uso, da paixão, a velha seta
que o amor, hoje em dia, ainda usa?
Nada! A não ser ouvir teu coração
armar o arco e flecha da paixão
e colocar nas mãos da tua musa.