E na guieira

espremendo melhor trilha o cão guieiro

na via que desvia o que se vê em vão

veloz e atento o bicho perdigueiro

escava escafandro os que vêm e vão

espremendo, ora veja, ali o destalento

arrota, segue frouxo onde impera não

fareja mão perdiz e mesmo desatento

com ele, indolentes, os que cegos são

esconde o beneplácito: cunha bem dita

aquiesce a guieira, na mora infinita

das poitas que o acompanham nessa vida

e com ele o excremento dos que o seguindo,

sem noção da farsa demonstrar um pingo,

condensa o que exala em duendes perdidos

Janete Santos
Enviado por Janete Santos em 05/05/2014
Reeditado em 18/09/2020
Código do texto: T4795398
Classificação de conteúdo: seguro