PERFÍDIA
Quando não temia mais nada
Quando me sentia tão forte
Senti no meu peito a espada
Na alma o beijo da morte
Sentei-me a beira da estrada
Sem rumo, sem fé e sem norte
Tive a inocência roubada
Tive a saudade por sorte
Vejo ao longe uma escada
Sem ter alguém que se importe
Ela se ergue na alvorada
Tento alcançá-la, não sou forte
O bastante, sou alma cansada,
Sôfrega esperando a morte