SÍMILE
Estou vendo se conquisto mais uma fã para ler e comentar o pouco que escrevo. Se ela vier fazer parte do nosso rol, ficar-lhe-ei agradecido, pois pelo que li dela ultimamente, trata-se de notável poetiza.
Já possuo aqui no Recanto três grandes amigas e dois amigãos... Vem minha querida ser a quarta.
Pretendi neste soneto dar uma conotação análoga às nossas vidas.
SÍMILE
AYRES KOERIG
Gota de orvalho que cai na montanha,
Quando arrastada até chegar ao mar,
De roldão vai, na sua senda estranha,
Nos seus tropeços de sempre rolar.
Somente em pensamento esta façanha,
A nós foi permitido acompanhar.
Boiando ou afundando em sua entranha,
O rio lhe propicia o viajar.
Análogas também são nossas vidas,
Nos seus tropeços com fragor ou calma,
No todo apresentando em nossas lidas,
Em cata sempre da vitória a palma.
Até nas coisas vãs, desconhecidas,
Que buscam dar conforto pra nossa alma!