Dor Passageira
Já foi-se embora aquela velha dor,
Que um dia chegou sorrateiramente;
Tão encravada em âmago da mente...
Agora esquecida em contos d’amor!
Surges, assim, com certo resplendor,
Figura em rara beleza imponente;
És linda, modesta, e serenamente...
Atrai-me em belo olhar sedutor!
A dor chega ao fim, deixando a lembrança,
Clareando sempre melhor futuro:
Ao recordar os tempos de criança!
Com novo amor a sorrir para a vida,
A dor passa, superando o escuro:
Dando forma a nova alma esclarecida!
Carmo de Oliveira