Não voltaria...

Lá ia ela, eu olhava apenas a sua silhueta linda...

A desaparecer no horizonte brilhante da rua,

Alumiada por luas, sois, estrelas... O dia finda...

E o pensamento para, na memória dela toda nua!

Ah! Quantas vezes na escuridão dos meus eclipses...

Enquanto a lua encobria o sol... Eu me escondia,

Na própria luz do seu amor, em forma de elipses!

Mas me perdia em meio a astros e a melancolia...

Sabia, no fundo da alma, de um rancoroso coração...

Atingido pelo cometa do desamor, que não voltaria!

A léguas de distancia, lembranças de fogo do vulcão,

Que remexia em larvas ardentes, entre uivos e gritaria,

Os nossos momentos de completa satisfação e prazer!

E que o tempo, jamais, no universo, vai de volta trazer.

Poeta Camilo Martins

Aqui, hoje, 10.04.2014

19h10min [Noite]

Estilo: Soneto