Ilusão
Havia uma janela no caminho
de onde a liberdade lhe sorria!
Abriu as asas (duas poesias)
no seu primeiro voo em torvelinho.
Mas encontrou no meio do caminho
o vidro transparente da janela,
que a liberdade (fria sentinela)
não avisou ao tolo passarinho.
E a poesia fez um falso ninho
dentro duma caixinha de sapato,
e, com a dama morte, fez um trato
e ambas o trataram com carinho.
Na janela da vida há vidraça,
que tão somente a morte ultrapassa.
Havia uma janela no caminho
de onde a liberdade lhe sorria!
Abriu as asas (duas poesias)
no seu primeiro voo em torvelinho.
Mas encontrou no meio do caminho
o vidro transparente da janela,
que a liberdade (fria sentinela)
não avisou ao tolo passarinho.
E a poesia fez um falso ninho
dentro duma caixinha de sapato,
e, com a dama morte, fez um trato
e ambas o trataram com carinho.
Na janela da vida há vidraça,
que tão somente a morte ultrapassa.