ALMA SUICÍDA.
Fragrância despertada, e empobrecida
na curta eternidade de um instante.
Vestiste a tua máscara de amante
suspirando a distância enegrecida.
Que foi de ti ó alma renascida?
Quiseste levantar o amor galante,
mas és como uma folha farfalhante
que se amarela ao sol perdendo a vida.
Pintas o teu amor com cores finas,
enganas o teu peito, e o conforta
com doses de esperança adulterina.
Mas na manhã seguinte a mesma porta
se fecha na distância que fulmina,
e tu, alma suicida, se vê morta.