Aurora
Fazia tempo que não via a Aurora,
Figura alva em rosto resplandecente;
Trazia sorriso farto e eminente:
Que eu mal ligava para o passar das horas!
De bela jovem à fina senhora,
Lembro-me dos dias de Aurora em mente,
Ao namoro infantil de antigamente:
Que eu sonhava encontrá - la sem demora!
Ó tempo! és vil com toda criatura,
Passa rápido sem deixar resquícios...
De passado ébrio cheio de ternura!
O que me resta? Olhar para o futuro,
Onde possa eu enterrar meus suplícios...
Por ti aurora! - De um amor santo e puro!
Carmo de Oliveira