Soneto do olhar

Olhar que é belo, é singelo, minha sina,

Cavalga, afaga os olhos meus num simples tom.

Vejo saudades, vejo o que há de bom.

Me aumenta tudo, aumenta o sangue, adrenalina!

Olhar amante, extravagante, olhar! morfina!

Olhar gostoso, doce doce! Meu bombom!

Faz-me sofrer, infelizmente tem o dom,

E ao mesmo tempo, é a luz que me ilumina.

Eu choro o pranto que é quão águas do mar,

Quando desvias teu olhar do meu, ó flor!

Este soneto, eu fiz só pra te falar,

Que teu olhar traz-me ora frio, ora calor.

E fico assim, ora a sorrir, ora a chorar,

E vivo e sigo, ora com ódio, ora o amor.

Valério Márcio
Enviado por Valério Márcio em 10/05/2007
Reeditado em 10/05/2007
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