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Chove


Chove lá fora, e tu cais em cada gota,
Vens no beijo do vento, na brisa que passa...
És a folha que voa, a flor que se abre,
A nesga de azul no céu tempestuoso.

Chove lá fora, e chove aqui dentro,
Bem dentro da gente, de dentro dos olhos...
Chove tão completa e absolutamente,
Que nem mesmo os pássaros cantam nos galhos...

E após essa cruz, após o calvário,
Para onde, meu Deus, nos diga, para onde?...
Qual é o destino que a todos abraça,

O altar final para este relicário
Que nós carregamos, o nosso sudário,
A vida que temos, o tempo que passa?...


Minha homenagem 
À
Maria Olimpia 




 
Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 24/05/2014
Reeditado em 24/05/2014
Código do texto: T4818075
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