De um Soneto Amanhecido sem Inspiração

Amanheço sem a tal inspiração

então eu busco na mente o recomeço

de uma vertigem algoz do coração

e num vislumbre então me reconheço.

Amanheço sem a comiseração

então eu olho para o sol e desvaneço

no peito brota uma nova sensação

de um teor lúgubre que desconheço.

Manhã de aurora plúmbea distorcida

por onde a vida nua então é conduzida;

transmutação de almas em firmamentos

por onde vão estrelas e trejeitos,

por onde vão os agouros dessa lida,

por onde nascem versos de sonetos.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 11/06/2014
Código do texto: T4840752
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