E estava lá

E lá estava o homem que a amara...

Aquele que labutara pelos sentimentos;

Que se curvara diante de uma humilhação

Para lhe proporcionar bons momentos.

Estava lá, agora sendo observado,

Por tantos rostos que pranteavam

E por outros que, atônitos e emudecidos,

Intimamente sobre o ocorrido se perguntavam:

—Por que tal destino, levaria a cabo, um homem tão sincero

Que sempre dera a vida (e agora por ironia) pela mulher amada...

Agora sendo preparado para sua última morada, um cemitério?

E estava lá, inerte, entre flores e lágrimas, o corpo teso,

Assis de Alcântara, que não levara a traição a sério,

Hoje assassinado, a adúltera procurada, o seu algoz, preso.

Valdir Gomes
Enviado por Valdir Gomes em 11/06/2014
Código do texto: T4841661
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.