Soneto da prostação

A solidão pernoita em meu ser, um

sentinela que zela tanto para que eu

nunca tenha explícito calor humano algum

que acenda-me alma.E sim exista o breu

Oh sem precedentes vi maior desígnio

Cerceando-me da vida...E assim sozinho

a cada madrugada senão outro caminho

fácil como a morte me despertasse fascínio

Chega ao íntimo de mim, faceira eloquente

pura de maldade - e o que diz - , por obséquio

para cingir-me inteiro pedindo em solilóquio

Na franqueza murmurante face este ente

-A solidão -,Na aurora da bonança não creio

mais... Só em saber que assim vivo: me odeio!