Terapia do riso absurdo

Contraídos o risório e o zigomático,

explode em ti sonora gargalhada.

Do veneno do teu riso tão elástico

minhas cordas também são contagiadas.

Tudo em ti é motivo de euforia

e até o vento faz-me cócegas passando.

De tudo rimos e na falsa alegria

o teu riso com o meu riso vai rimando.

Com o riso tu me enganas e eu te engano.

Se sorrimos, damos bah! para a tristeza.

Riamos, que o riso encobre o dano.

Devemos rir, pois só o riso nos sobeja.

Serão bobos? vão dizer. Somos insanos!

E talvez rindo, a triste Morte não nos veja.