Soneto - Dá-me Sorrisos



Tarde de penumbra de minguada concentração
Chove bênçãos do céu fremindo raros lampejos
Coração alado segue pegadas em sua direção
Insano por ouvir o halo de seus enérgicos arpejos

Anjos celestes vieram defender a pupila de Deus
Que não sabe identificar o âmago dos malévolos
Pois sua bondade incapaz é de enxergar o fariseu
E as artimanhas astuciosas dos terráqueos frívolos

Oh doce graça - misericórdia infinda
Ecoe na harpa a alegria do paraíso
Cubra-me com este manto preciso

Oh amável extensão do Altíssimo
Faz-me capaz de orar pelos ímpios
Cura-me as tristezas, dá-me sorrisos.