Diante de uma fogueira de são joão

Ecoa silenciosa, minha solidão

pelo piso de tacos de madeira

e meu lamento, sem razão

estala, como as brasas da fogueira

Tomo mais um gole de cachaça

que me sobe e desce na garganta

misturado ao gosto da fumaça

que da madeira rubra se levanta

Aqui estou, de orgulho espatifado

e minha mais recente amante

já não quer estar ao meu lado

Aqui estou, e estarei, doravante

completamente embriagado

até que um novo sol se levante

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 25/06/2014
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