O ARQUITETO DE BRINQUEDO

Achou quebrado seu brinquedo predileto

do tempo tudo em colorido e rutilância,

era um menino em apetrechos de arquiteto

que desenhava mundo em mágica de infância.

De como e quando se quebrou não sabe exato,

talvez aos poucos, feito as gotas da inocência

se evaporando sobre a adusta pedra fato,

secando em sede o encanto sonho da existência.

Seu arquiteto de brinquedo companheiro

tornava o céu imaginado em verdadeiro

com traços leves de concreta fantasia.

Para aguentar a realidade do caminho,

precisa urgente recolar cada caquinho

de seu menino e só viver do que ele erguia.

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 07/07/2014
Código do texto: T4872765
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