Efêmera paixão

Impávida paixão que me devora

Me toma em engenho por completo

Edificando quão ferrenho arquiteto

As pagas do furor que em mim vigora

Afasta-te furor, vá te embora

Não volte mais de rumo ao meu trajeto

Que fique este encanto por secreto

E nunca se revele ao mundo afora

Eu digo que não sinto, e nunca esqueço

Mas só eu sei o preço das memorias

É página que eu viro em minha historia

Com a folha dobrada, seu endereço

Efêmera paixão, frágil, transitória

Mas que ficou firmada como gesso

Thiago Araujo
Enviado por Thiago Araujo em 26/07/2014
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