“AOS VIVOS”

Da dissolvência somatopsíquica do ser,

A morte, que leva o homem a putrefação,

Não há como fugir, não há onde se esconder,

Não pode o ser vivo fazer dela abstenção.

Como não se doma o vento e não se pode deter

O tempo, para a morte não há sujeição,

Ela não é iludível, ela é cabal e o seu querer

Definitivo é provocar da vida a cessação.

A morte é a concretude da impotência humana!

A real materialidade da vida ela profana

E o homem consciente de sua finitude, gela...

Ela é universal, é inexorável e vai confranger

A todos. Enquanto estamos vivos vamos viver,

Pois, ela é invicta e a vitória final é dela.

Jurandir Silva
Enviado por Jurandir Silva em 21/08/2014
Código do texto: T4930891
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