Sinto




Ah!Minh’alma errante peregrino !
Colibri pequeno que pousa no ombro,
Deveras,guarda fantasias de menino.
Da vida, se evade,em desassombro.

Sinto,ao amanhecer cálido de um dia,
Que há de renascer uma nova beleza,
E,o beija flor gentil retorna na euforia!
Trazendo,quiméricos bens da natureza.

Ah!Que deixo de ser,de mim,o escravo !
Alçando vôo sobre a cristalina ribeira,
Sinto,enfim,viver,da ventura,doce favo.

Minh’alma,qual colibri ,na mão. serena...
No bico,a singela flor da goiabeira,
Trouxe,sim, saudade,nas linhas do poema!