O ventre dança


O abdômen perfeito em shimmies seduz,
Para ser mãe prepara-se então a fêmea,
Isso no antigo Egito para a Ísis trema
O quadril, treinar contrações da luz. 

De um rito à sensualidade jus, 
Agora não é mais a criança o tema,
E o homem que ao olhar a dança se queima
E ao chamado feminino conduz.

Quando o ventre dança, o corpo se encanta,
Quando o tronco verga, o corpo levanta.
Ondule, trema, incline, seduza.

Na mais pequenez, ingênua mulher,
Essa dança deixa qualquer ser de pé.
Tornando-a uma Ísis, desejada musa.


In: MORAES, Márcio Adriano Silva. Via crucis. São Paulo: Expressão e arte, 2009, p. 35.