Delírio fugaz
Ao olhar para o chão do meu jardim,
notei um velho prego, sujo e torto,
ao lado de um besouro semi-morto
por sobre a flor caída do alecrim.
Um pouco mais ao lado, um vim-vim
trilava saltitante, indiferente...
e logo, mais adiante, um vivente
olhava de soslaio para mim.
Ao olhar para o céu do meu jardim
o sol, de um tom vermelho carmesim,
cegou o meu olhar, por um segundo.
Dois segundos depois (até que enfim)
eu descobri que o chão do meu jardim
era um jazigo antigo doutro mundo
e que flor caída do alecrim,
era apenas um verso moribundo.
Ao olhar para o chão do meu jardim,
notei um velho prego, sujo e torto,
ao lado de um besouro semi-morto
por sobre a flor caída do alecrim.
Um pouco mais ao lado, um vim-vim
trilava saltitante, indiferente...
e logo, mais adiante, um vivente
olhava de soslaio para mim.
Ao olhar para o céu do meu jardim
o sol, de um tom vermelho carmesim,
cegou o meu olhar, por um segundo.
Dois segundos depois (até que enfim)
eu descobri que o chão do meu jardim
era um jazigo antigo doutro mundo
e que flor caída do alecrim,
era apenas um verso moribundo.