OUTONO DA VIDA

OUTONO DA VIDA

Corre a vida por entre as vielas

Entre as mazelas, rolando no vento.

Vento do tempo rompendo janelas

Pinta aquarelas de mil sentimentos

Vai-se o inverno, vem a primavera

Traz as quimeras d’um novo tormento

Uivam os ventos rumores de guerra

Tremem a terra e o firmamento

Sobem as bestas, da terra e do mar,

Pisam no lagar o sangue inocente

Alçam as gentes o seu prantear

Que sobe ao ar em vasta torrente.

Ouço -silente- seu pranto alcançar

Os pés do altar do Onipotente.