INTROSPECÇÃO

No meu coração há um jardim sereno,

Onde aves cantam copiosamente

E flores exalam um perfume ameno,

Mas que embriaga abruptamente;

Há também um doce lago bem pequeno,

Onde o céu azul se banha lentamente

E mil borboletas, como num aceno,

Bailam sobre as águas infinitamente...

Lá, a Ilusão e os Sonhos vão tecendo,

O seu faz de contas que, se desfazendo,

Mostra à Saudade o Tempo de outrora...

E, às escondidas na relva ondulante,

Há uma casinha muito aconchegante,

Onde a obstinada Esperança mora.

Jorge de Oliveira
Enviado por Jorge de Oliveira em 19/09/2014
Código do texto: T4967722
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