Amada Imaterial

Aquela, que eu amo, vem refeita

De delírios e de rosas sanguíneas,

tem no corpo a forma lânguida e feita

Da antiga Afrodite de fronte retilínea.

Não é a Musa, cuja anca insuspeita

Compõe líquidos das mortais felídeas

Nem da deusa do Olimpo tão satisfeita

Num corcel branco na caçada sanguínea.

A ela então indago e não mais desatino

Qual será o amor que vai saciá-la

Que caminho vai trazê-la ao meu destino.

Numa miragem de beleza não atino

Nascente paixão de tanto amá-la

Claridade de ilusão imaterial sem tino.

HERR DOKTOR

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 22/05/2007
Reeditado em 13/10/2008
Código do texto: T496839
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