Sábado

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Na permissividade, esbarrando no lícito;

o proibido, corrupto e inverossímil álibi,

esconde da senhora propósito implícito:

o tenuirrostro bico e vão pedido: cale-se!

É tarde... Deslumbrante e promissor é o sábado,

ao desmistificar o memorável Sêneca...

De saudosa ebriedade, embalada em minha ágora,

cambaleante no tempo, ao ser cravada, trêfega.

Sábado. Seja leve e me levite, sábado!

Sou porto, vil viandante, aportando em alfândegas...

Esquivando-me, sim, de acolhimento trôpego.

E que a senhora tola e cúmplice, sem fôlego;

frívola em sua volúpia e rosto tenso e pálido,

aflore e se proclame assim: poupando escândalos.

Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 20/09/2014
Código do texto: T4969462
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