LUZES DA RIBALTA
 
Para que chorar o que passou
Lamentar perdidas ilusões,
Se o ideal que sempre nos acalentou
Reviverá em outros corações?
                                 Braguinha(João de Barro) para a música Luzes da Ribalta de Charles Chaplin.
 
 
Eu não tenho orgulho das coisas que fiz,
E do que não fiz, nada há que faça falta;
Porque um homem, para ser muito feliz,
Não há que viver sob as luzes da ribalta;
 
Mas todos nós precisamos ter um ideal,
Pois que sem um não se vive realmente,
Se há uma coisa que de fato nos faz mal,
É deixar que ele se enterre com a gente.
 
O ideal é como o bastão de revezamento,
Que um corredor, numa pista de corrida,
Deve repassar quando chega o momento.
 
Então outro atleta pega o bastão e corre.
E assim devia ser a maratona desta vida:
Pois ideal que se transmite jamais morre.