ALMA DO POETA
ALMA DO POETA
Quando a alma do poeta aflora,
Ele risca, rabisca e põe pra fora,
Vai criando versos sem demora,
Instante que sua mente explora.
Nos longínquos espaços ancora,
Embebido com o licor de amora
Surtindo o efeito que extrapola,
É seu viajar sem pensar na hora.
Mas há cantos que o poeta chora
Desolado muitas vezes se ignora
Num instante seu ego se apavora.
Ai de ti, poeta! Não fosse à senhora
Poesia, a te arrebatar duma víbora
Que por vezes em sua alma decora.
Mada Cosenza