ALMA DO POETA

ALMA DO POETA

Quando a alma do poeta aflora,

Ele risca, rabisca e põe pra fora,

Vai criando versos sem demora,

Instante que sua mente explora.

Nos longínquos espaços ancora,

Embebido com o licor de amora

Surtindo o efeito que extrapola,

É seu viajar sem pensar na hora.

Mas há cantos que o poeta chora

Desolado muitas vezes se ignora

Num instante seu ego se apavora.

Ai de ti, poeta! Não fosse à senhora

Poesia, a te arrebatar duma víbora

Que por vezes em sua alma decora.

Mada Cosenza

Mada Cosenza
Enviado por Mada Cosenza em 02/10/2014
Reeditado em 02/10/2014
Código do texto: T4985076
Classificação de conteúdo: seguro