Amor puro
Amor puro
Enquanto, humana gente, em vão, se ata
Em bem mundano, pouco duradouro,
Eu vivo de esperanças tão seguro,
Sem cega ambição, que consome e mata.
Busco tão valioso amor, mais puro
Que o ouro, mais fino que a fina prata,
Lapidado amor, que se cuida e trata,
Feito de alma, intrínseco tesouro.
E já esses bens falsos, ilusórios
Não me arrastam, não me movem a alma,
Por serem tão vagos e transitórios.
Nem busco a paixão ardente, passageira!
Eu prefiro imensamente a calma
De um amor puro que dure a vida inteira.