RESIGNAÇÃO

Não quero mais lutar com a saudade;

Mil vezes digo que não quero mais!

Prefiro suportá-la e, na verdade,

Às vezes, ela até que bem me faz;

Às vezes, ela me traz a suavidade;

Às vezes, ela dói e dói demais;

É boa e é má em igualdade;

É minha companheira pertinaz...

Porém, seja do jeito que ela for,

Sempre me faz lembrar um grande amor,

Trazendo à tona o dom da inspiração.

E arrancá-la de mim não há um jeito,

Sem arrancar com ela, do meu peito,

O meu estraçalhado coração...

(São Paulo, 07/10/2014)

Jorge de Oliveira
Enviado por Jorge de Oliveira em 07/10/2014
Reeditado em 11/10/2014
Código do texto: T4990990
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