Do abismo à liberdade
Enquanto jovem me via puro, inocente,
Sujeito à intempérie da experiência humana.
Vicissitudes me romperam como cristal, porcelana,
E contra dissabores restei frágil, impotente.
Então endureci minh'alma, cansado de sofrer
Na tentativa desesperada de proteger o coração,
Para só depois descobrir que não há grilhão
Que me prenda ao abismo e me impeça de viver.
Por fim, cheio de sonhos, venci a tempestade.
Resolvi que mudaria minha vida, e assim o fiz.
Desejei o futuro e o abracei, com vontade.
E eu decidi ser livre, como sempre quis.
Ninguém há de me tirar o direito à liberdade
de ir, de vir, de querer... de ser feliz.