Do abismo à liberdade

Enquanto jovem me via puro, inocente,

Sujeito à intempérie da experiência humana.

Vicissitudes me romperam como cristal, porcelana,

E contra dissabores restei frágil, impotente.

Então endureci minh'alma, cansado de sofrer

Na tentativa desesperada de proteger o coração,

Para só depois descobrir que não há grilhão

Que me prenda ao abismo e me impeça de viver.

Por fim, cheio de sonhos, venci a tempestade.

Resolvi que mudaria minha vida, e assim o fiz.

Desejei o futuro e o abracei, com vontade.

E eu decidi ser livre, como sempre quis.

Ninguém há de me tirar o direito à liberdade

de ir, de vir, de querer... de ser feliz.

Rafael Kerner
Enviado por Rafael Kerner em 16/10/2014
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