Soneto ao teu sono...

Ao ver-te deleitosa recolhida,

Meu coração quase à visiva,

Põe-se, de amor tão nobre diva,

E contempla tua face bipartida.

No labirinto infinito do labelo,

Beliscoso teu, mergulho amante!

O porvir laureoso vislumbrante,

É o dilúculo, manso e belo.

Que cobre meu ser enamorado,

Pelo amor osculado matutino,

A mais bela das mais belas; fêmea,

É mais cheirosa que gardênia,

Que colho do teu jardim-menino.

E planto no teu sono contemplado.

Silva Neto
Enviado por Silva Neto em 25/05/2007
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