Soneto à Força

Esta força que se manifesta

E pungente nos arrasta sem freio.

Que do passado não permite sobrar uma mecha

E maltrata todo desespero.

Esta força selvagem que reage

E assim expulsa todo covarde

Vem silenciosa, sem alarde

E quando vemos já é tarde.

E nos deixas marcas,

Incontestáveis e dolorosas

Ao vermos já nos atinge furiosa.

Matas a alma envelhecida,

Renovas as estruturas sofridas,

E dás a luz as almas não nascidas.