LADRÃO DE POESIA
®Lílian Maial

 
Meu verso recusou a vil sentença,
queria te ofertar algo de vivo,
mas tudo o que restou da antiga crença,
secou num verbo falso e adotivo.

 
Em plena madrugada, sem licença,
acendo o teu cigarro intuitivo
e embora cada trago a mim pertença,
é tua essa fumaça que eu convivo.

 
Se hoje eu vejo alguém, algum lugar,
é tudo tão somente calmaria,
sem rima e sem as notas da canção.

 
Perdi a inspiração para sonhar.
Maldito! Traz de volta a poesia!
Meu verso ainda não sabe a solidão!


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