A era prometida

A era prometida

Filho... a vida será sua em breve... não chore

Eu sei a ânsia de viver... exaspera em ti retumbante

Ao mundo irá pertencê-lo e ao meu semblante

O regozijo de ser o patriarca da genealógica árvore

O soluço, os gestos angelicais e olhos cândidos

Na língua ininteligível que ao pecado desconhece

em clamores maviosos pede a fim de ser concebido

Mas o amor que por ti já sinto, sabe que resplandece

Oh dádiva maior o orgulho de ser vosso pai

Mal sustento em espera de bendizê-lo à terra

Ao chorinho estridente intrínseco dum varão

O fruto da frondosa arvore um dia vai...

decerto findar-me a existência na escuridão

Basta conhecer sua mãe: virá logo filho, a nova era!