PONTO FINAL

O estro reluzente que em mim habitava

Sentiu-se tão sozinho com a sua partida

Que resolveu findar os seus dias de vida

Naquela antiga casa em que você morava.

Levou consigo os sonhos dentro de uma mala

E calçou as sandálias feitas de humildade

Entrando em teu recinto cheio de saudade

Sentou-se e derramou mil lágrimas na sala...

Rumou para o teu quarto e acendeu a chama

Deitou-se onde ficava a tua ardente cama

E pôs-se a soluçar no mar de nostalgia...

Caindo lentamente na desilusão

Morreu silencioso postado no chão

Pondo um ponto final nas trevas da agonia...

(Nizardo)

Poesia registrada.

Xerinho.