ESSA DISTÂNCIA...

Submergi na ânsia da infernal distância

Que rompe e interrompe o elo ora fundido,

E o grito supersônico do amor perdido,

Me violenta os tímpanos com com intolerância...

E a trama neuronal que me produz queixume

Incita o coração a macular-se em lama

Ao duvidar fremente de quem tanto ama

Num desajuste injusto filho do ciúme...

A paz não se restaura, o sono não me vem...

E o medo de perder-te me causa também

Horríficos conflitos, sepulcrais idéias...

E enquanto essa saudade for a minha sombra

A tua ausência dói, a solidão me assombra,

E eu vivo entre no pavor das minhas cefaléias...

(Nizardo)

Poesia registrada.

Xerinho.