Rosas Níveas
Assim, não deixemos a mão do destino vencer,
De ti os invernos tascarão sua beleza e calor,
Adoça teus anseios, para que não haja fenecer,
É decerto coisa única com estimado valor,
Assim, passarão os dias como hálito do verão,
A brotar em ti as rugas que o tempo cria,
Não sejas refratária as recusas do coração,
Então, se multiplique, faça algo de valia,
Que tenha valor à beleza que a ti fora cedida,
E deixes no tempo as marcas da passagem,
Para que na morte, certo que ainda há vida,
Das coisas que fizestes com certa coragem,
Não sejas ínfima, tens a formosura e bel-odor,
Das rosas níveas que só exalam o seu amor,