Soneto da madrugada

Soneto da madrugada

Um dia o anjo lembra e toca o sino.

Por que não aceitar o tal convite?

Minha estrada é de pó, veja, acredite,

por que não me chamou quando menino?

É hora de passar o pente fino.

O anjo está querendo que eu me irrite!

Olhe agora em meus olhos, não me evite...

Eu acho que ele quer meu desatino!

Dancei no calendário, palmo a palmo...

Percorri, inteirinha, a minha estrada...

E o anjo, lá no Céu, cantando Salmos...

É tarde... Até o Demo dá risada...

Lá fora a chuva cai, mas estou calmo

escrevendo, escrevendo... É madrugada!

Gilson Faustino Maia

Gilson Faustino Maia
Enviado por Gilson Faustino Maia em 16/11/2014
Código do texto: T5036960
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