Vesperal dos Ventos
Desce, ó céus! Vem na força equestre!
Sobre mim, sobre a mais vil criatura
Sobre o horror, vai, sopra tua candura...
E limpa os seios desta mãe terrestre
Sobre o mar - a tua mais brava partitura!
E o teu regente que de nada esquece,
Nas mãos de Deus – uma relevada prece
Em cada onda a culminância da bravura
Guardam meus olhos um fluxo de maré
E além daqui dançam, sim, almas silentes
O último sol com a força mágica do toré
E o véu da noite ao cair com as gaivotas
Na dança dos mistérios mais plangentes
De que falam os anjos - todos poliglotas...
Imagem: Google.